É uma coisa minha, uma conversa a sós, íntima, que não quero anunciar aos ventos e às brisas.
Não interessa anunciar. Sou só eu e ela, e faz-se a síntese do meu universo espiritual.
E essa coisa privada, que se pode chamar fé, é um convívio
pessoalíssimo.
Nestas coisas, cada um com o seu interior.
É desnecessário trocar impressões com os outros, a experiência é individual e intrínseca,
forra-nos por dentro.
forra-nos por dentro.
No restolho das arenas do mundo, o que se diz que se vê, o que se monta, é um fogo-de-artifício,
Nem sequer é cumplicidade com os outros, é alienação e uma velinha.
Tropeço em Jesus todos os dias, temos queda um para o outro.
A pedir nas ruas, a arrumar carros, na pediatria oncológica e outros médicos e enfermeiras,
a esbracejar porque o barco afundou mesmo à porta do paraíso.
Nunca o vi de fato e gravata de seda a fumar charuto, mas diz-se que as aparições são à medida de quem as vê.
Alguém com certeza verá Jesus a fumar um belo cubano.
Não preciso de me justificar para vir a ser canonizado, não quero
ser.
Basta-me chegar ao fim tranquilo, e cumprir a minha
essência.
Se o consegui sou um homem, logo deus.
Em não sabendo rezar, troco por uma acção com sentido.
Em não sabendo rezar, troco por uma acção com sentido.
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