Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2016

LISBOA, A OUTRORA BELA

Observo com nostalgia e desalento as transformações da cidade.  Uma das caturrices dos que contam os anos riscados no calendário sempre afixado na parede, para terem presente os estragos do tempo, é recuperar o que dizem ser o seu tempo, a fatia de passado que consumiram. É uma casmurrice, mas aos velhos perdoa-se, e se chegarmos a isso vamos gostar de ter perdão. Submerso nesta onda de pensamentos em círculo, sentado numa esplanada sem gabarito, depois de desatendido por não ser turista – sabe lá o empregado de Minas Gerais se não sou um turista de weekend na minha própria terra! - congemino com azedume sobre o quotidiano da cidade, apesar dos meus olhos continuarem apalermadamente apaixonados por ela. Esta Lisboa que a dada altura e porque somos daqui, fizemos nossa, transfigurou-se num relampejo. Num momento a viver ao ritmo de uma aldeia grande, no momento seguinte a ser invadida por uma turba e a ter que se adaptar, mesmo que mal. A cidade desleixo