** Ainda ontem homens em tudo iguais a Tertuliano, na natureza de serem homens, mas diferentes, por preencherem no seu espaço que se diz ser espírito, o espaço de indivíduos únicos, pensavam coisas talvez idênticas, encostados nas amuradas dos barcos onde navegavam. Barcos primitivos, sem instrumentos de orientação, só os humanos: atenção, observação, intuição, decisão. E quando (a) mar quer, quando se lhe carregam cenhos, ou porque o dia não correu bem, ou por assuntos domésticos, manifesta veementemente o seu carácter num rompante. Nem os homens nem nenhum barco feito por eles ficam a salvo da ira. Nada podem contra as forças obscuras, desconhecidas e por vezes brutais da sua natureza. Depois, quando aveluda, desculpa-se-lhe o mau feitio, apesar de naufrágios inúmeros e catástrofes irreparáveis. Após qualquer tormenta, baixa o manto da ausência de som, arrepia-se a pele numa sensação de plenitude e paz para quem, numa amurada, distrai o olhar sobre essa extensão ago