«Se este não é o mais alquímico dos Amores, o que é o Amor? Abdico-me para me dar a Ti. Que melhor justificação tenho para a dádiva mais absoluta que faço a deus de todo o meu ser: pôr ao seu dispor, já que é ele que me alenta, o seu hálito é a minha vida, o meu corpo e a minha alma. Dar-me na totalidade de mim, tomar essa decisão por todas as células e seres ocultos, mínimos, que me constituem, e em uníssono, dizermos que somos Teus. Ser mártir é a minha realização na terra. Passaporte para a eternidade, o bilhete de entrada, “Very Important Person”, no paraíso. Todas as virgens que me esperam e as que me são devidas por este acto de entrega, são um prémio merecido, a recompensa justa, e não é por elas que me realizo quando me fizer explodir, é para cumprir a lei do meu Deus: punir os infiéis, os sujos, manchados, uma nódoa que impregna e que temos que limpar da face da terra. É essa a sua palavra, a palavra ditada pelos homens que se dizem detentores da palavr