Aproxima-se o final do ano, só faltam dois dias, e é um grande alívio, ou uma grande pena, ou ambos, ou nenhum dos dois. Uma indiferença. Uns dizem que foi saboroso, outros que foi escasso, outros que triste, muito triste, tão triste quando pessoas e seres que não deviam morreram. Outros deviam e aconteceu-lhes. Há muitas pessoas vivas e algumas são mesquinhas, demoníacas, doentias. Há também gente boa, e santos. Nasceram igualmente, a incomparável felicidade do primeiro beijo. A renovação aconteceu, mas somos de mais. Aqui cada vez mais poucos, e velhos. O mundo não melhorou nem piorou, continua indiferente, as pessoas é que o antropomorfizam, e depois vem dizer que ele está mais injusto, mais inseguro, mais tirano, mas chato. O mundo está muito mais chato. Os homens apesar de serem uns queixinhas e porem as culpas nos outros, têm o infeliz mau-hálito de darem cabo do que os rodeia e estão num processo desenfreado de auto-destruição massiva. Há quem não