Afinal o Tôto, o cão preto e caçador, companheiro do meu avô e que tinha esse nome por ser a zona onde o meu tio, seu filho, fez a guerra, num país em África, ou seja, não a fez, assistiu a ela porque teve a sorte de ser amanuense, não morreu, nem o cão nem ele. O Tôto, que eu cavalguei a mimetizar touradas no pátio na Afonso III, o pátio onde com quatro anos, me enamorei pela primeira vez, pela menina do pátio ao lado, já não me lembro do nome dela, mas enamorei-me tanto; o mesmo que veio ter comigo a casa, quando os meus avós foram viver para Algés de Cima, e ele, certamente cheio de saudades minhas, pôs-se ao meu caminho, e quando alguém se põe ao caminho de alguém, mesmo desconhecedor e assustado por esse caminho, não é um acto único e absolutamente magnífico? Ainda mais um cão a fazê-lo por nós? É que afinal, o Tôto nunca deixou de estar comigo e no intervalo de tempo em que estes episódios se passaram e o dia de hoje, fui eu que andei distraído: neste mesmo momento o Tôto a