É o vento. Sibila a sensação incómoda, da deslocação ruidosa do ar ululante quando se ouve o grito. Sem descanso, um grito até ao fim dos dias. Escapa-se a duzentos à hora, pelos interstícios das araucácias, árvores daí. Os romerillos têm flores brancas como as nossas margaridas, tiram a palavra, só se quer olhar para eles. Rareiam animais, Também os homens, gaúchos concentrados em assuntos de dentro. Rematam as conversas com facas, ou é o romantismo a colorir o cenário. Os guanacos têm por antipatia o mesmo carácter, metidos com o avesso, temas pessoais. As orquídeas de magalhães, São esguias e fugidias. Quando se encontram irradiam um branco pristino e raias verdes verdejantes. são altivas porque são orquídeas. Nunca estive no começo do fim do mundo, nunca irei à Patagónia, instantâneos que recolho em albúms, do que a sonho todos os dias.