Um castelo no alto de uma colina não é uma novidade. É uma conjugação antiga com benefícios para ambos. Começa-se a ver ao longe, a aproximação pode-se prolongar, vai-se construindo uma opinião madura, com alguma folga de tempo. Dá para sopesar o suficiente. Chegados, ou já se gosta o suficiente, ou é uma visita perdida, inútil (já que se chegou ali, tiram-se uma fotografias, e resolve-se a questão). Este castelo tem muralhas e dentro um ajuntamento antes habitacional, agora mais turístico. Caiado, branco e puro. Arranjadinho. Tem uma torre de menagem (dizem que obra de Dom Dinis. Se foi, fez bem. Aprecia-se), abraçada a uma pequena arena circular, com bancadas em pedra. Homens e touros, certamente. Nesse dia, alguém desconhecido mas com sensibilidade, traçou presume-se com um pau, ou bengala, ou chapéu-de-chuva, um coração. Sendo este símbolo de um poder imenso, desculpam-se temporariamente os toureiros e olha-se para o enquadramento como uma coisa rústica, primeva, mediev...