No afã de nos vermos que era uma ocasião usufruída e gostosa; no sufoco dos abraços, beijos, conexões do meu corpo com o teu e do teu com o meu, vontade correspondida; na urgência que tínhamos definida de lançarmos palavras redondas e doces um ao outro; na necessidade, sim isso mesmo, de marcarmos para o reencontro, hora certa em todos os momentos que nos eram possíveis; em toda essa maré cheia de sensações, arremessos de amor e desejo; tatuagens pigmentadas em tons fortes nas nossas almas, cicerones de nós; em toda esta maré alterada em que nos encontramos, não deixaremos de desfiar o fio de Ariadne, que nos guiará um ao outro, no momento em que esta tempestade incongruente passar, e num céu novamente rasgado, como se fosse o primeiro céu do mundo, e na amplitude de todas as possibilidades, assistiremos ao nosso reencontro, embevecidos e apaixonados, como se nos tivéssemos a ver pela primeira vez. E estaremos.