Faltas a fazer um teatro, naquele dia, para nós. Não estava à espera, E afinal não há um dia que não aconteça. No que foram tantos sobressaltos, Afastamentos, Silêncios impostos dos dois lados, Cansados um do outro. Agora falta tudo, todos os dias. Cheiro, voz, gestos teatrais, Exuberâncias, excessos. O faltares assim que não se imaginava, arde. Falta um “Nós” que se foi contigo, Apesar de dar comigo a dar contigo a sorrir, Inesperadamente, a qualquer momento, Quando me vem precisamente à cabeça Que me faltas tanto. Porque foste egoísta e morreste? No entanto sorrio das tuas macaquices, e já passou.