A fonte da vida está na conjugação certa dos elementos necessários. E depois, é no líquido primordial que se germina a vida, molda-se o desenho do ser e quando a obra está pronta, convida-se uma nova alma para tomar conta e dar um nome ao recém-criado. O mar Mediterrâneo foi nos tempos da aurora dos dias, um leito amniótico, berço de muitas espécies e homens, habitantes das suas margens e periferias. Estes, prosperaram explorando os seus recursos naturais e viveram muito tempo em harmonia, vendo-se o aparecimento, o auge e a decadência de povos e civilizações, com as suas estruturas complexas, as suas sociedades, crenças, culturas e línguas. Os homens atravessaram esse mar interior e íntimo vezes sem conta, para praticarem as artes da pescaria, o comércio e as trocas, o transbordo de gentes e coisas, ou praticando a navegação dos aventureiros em busca de terras por descobrir. Um mar bonançoso com intempéries contidas, suave e feminino. Foi e ainda é, para muitas nações, o símb