O rigor matemático que se exige num beijo para
se atingir os mesmos níveis de emoção de um míssil que alcança a estratosfera
enquanto o diabo esfrega um olho, obriga a capacidade diferenciada, um talento,
diga-se: ser aluno de vinte nas matemáticas dos beijos bem dados, numa
capacitação para aguentar sem falência
cardíaca fulminante o impacto do amor, comparado que é este com a projecção a
uma velocidade vertiginosa de um projéctil na direcção desembestada do fim do
mundo, nome que alguns dão ao infinito do espaço sideral.
Reunidas as condições, um bom beijo é quase a
melhor coisa do mundo, pode mesmo ser a melhor.
Depois destes preâmbulos, como engenheiro
aeronáutico
do amor, que sou, aqui vai um míssil, que nem louco.
*Jean-Léon Gérôme - "Pygmalion and Galatea"
** Nicole Eisenman - "Sloppy Bar Room Kiss"
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