Nas terras dos homens, os deuses servem os pretextos das
guerras.
Não por eles, inofensivos, pacifistas, usados a contragosto.
Os deuses não castigam nem permeiam. Criaram a criação e continuam
nas suas vidas sem pecado.
Entre si dão-se bem, visitam-se, convivem, todos primos e
chegados.
São os homens, que congeminando argumentos falsificados, usam
os nomes dos deuses – os nomes que eles acham serem os nomes dos deuses – para se
porem uns contra os outros e fazerem a guerra.
E não há inocentes, são os culpados e não têm desculpa por
serem crédulos, ou patetas, ou simplesmente desprendidos das coisas politicas
do mundo.
Os homens não se podem desresponsabilizar das coisas do mundo.
São eles que aceitam vindos das suas tribos, os inquinados e de
vontades venenosas, que se aproveitam da dormência dos outros para envinagrarem
o caos no mundo, local que já de si tem essa tendência de personalidade.
Aproveitam-se porque têm interesses e fazem do mal a
banalização do mal.
A cidade de deus foi posta a arder, para gáudio dos pirómanos
que assistem ao espectáculo nas varandas amplas e bem sentados.
Está mais difícil andar na rua só para gozo de uma boa aragem,
ou uma réstia de sol caloroso de fim de dia.
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