Andamos às voltas com o relato, o mais fidedigno que se pode e em
esforço, do senhor M, um homem que é conforme da maior das considerações e que
merece ser relatado apropriadamente. Por nada de especial mas porque todos os
senhores e senhoras correndo o alfabeto dos nomes, merecem a homenagem de
estarem vivos ou de já terem estado nessa situação, e uma homenagem é um
acontecimento bonito porque a história do viver não é fácil de contar nem ela
mesma de se viver ao vivo.
Assim, já sabem que o senhor M gosta de apanhar sol e fumar
cachimbo. De ler, igualmente. O que ainda não sabem, mas espera-se vir a contar, é
que ele já foi um homem muitíssimo enxuto, e chegou mesmo a embevecer duas ou
três (foram três) bailarinas de tango. Não por ter sido um grande dançador, mas
porque os trejeitos de volta que ele punha na dança, deixava-as desconcertadas,
na dúvida de se seria realmente um grande bailarino desalinhado, ou um homem com
outros potenciais.
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