Nesta coisa do dizer,
anunciando pensamentos que com a melhor das intenções,
consideramos a primeira vez de serem ditos,
e que por isso virá uma medalha de glória dos deuses
- coisa unicamente sua,
um visto dourado, que não caduca -
podíamos espantar-nos,
se com alguma humildade,
refreássemos a vontade de anunciar ao mundo,
as afinações de bardos que julgamos ser.
Sintonias, distonias, os agudos para um lado,
os gravíssimos para outro.
Versitos tão lindos a rimarem na perfeição.
Uma confusão que soa bem, nas ofuscações da vaidade.
A honestidade límpida do silêncio.
O diamante de sabedoria,
não há nada a dizer, quando não temos nada a dizer,
e não o vemos.
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