Não encontro outro sentido senão celebrar a mulher todos os dias, como todos os dias celebro o homem e todos os outros humanos que têm agora uma identidade que desconheço o nome e o género. O mundo anda tão depressa e eu já não corro bem, não consigo ir atrás de todos os nomes, mas o que conta é que os celebro a todos. E também os estorninhos, e os brincos-de-princesa, e formações geológicas que não sei como se chamam. Mas celebro-as.
Com isto, resolvi uma grande questão: não
preciso de me preocupar com as celebrações e ter que todos os dias, fazer uma
frase bonita e adequada para dar os
parabéns a estes e aqueles, não me vá esquecer de algum, que chatice. Poupo
igualmente na utilização nos adjectivos, para não os gastar em demasia, guardando-os
para ocasiões próprias, celebrações do foro intimo que fujam da mundanidade.
Celebro a vida, o seu todo e particular, e
os mundos finitos e infinitos e os inimagináveis a que não chego nem pelo pensamento.
E dou-me bem com isto, não falho uma celebração e recebo corações de pessoas
que algumas mal conheço, se é que as conheço mesmo, a dizerem que estão comigo
na celebração, e nisto das festas, quantos mais melhor.
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