De peito rasgado,
Nu frio,
Recebo a noite
Rainha das trevas.
Vem render a claridade.
Seguindo-a,
O séquito dos príncipes negros
Cavalgando cavalos de sombras.
São a guarda da soberana.
Tomam a estas horas tardias
Conta do mundo,
Quando a luz o abandonou à sorte,
Do imprevisto.
Fiquei eu
De peito aberto,
Braços fazendo a figura da cruz.
No papel
De um filho de deus.
Papel difícil,
Não é para mim,
Não o desempenho bem.
Fui deixado aqui para a receber.
Não sei porquê,
Nunca sei porquê a tudo.
Até a luz vivaz!
Sozinho para receber a Senhora,
A rainha das catacumbas escaldantes.
Eu,
Um pavio frágil de luz,
Esmorecendo,
Abandonado até pela esperança dúbia,
Uma falsa,
A esperança.
Porque me abandonaste?
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