São provocantes, não são provocantes,
são absolutamente meus, esses braços, com a intenção honesta de me abraçar, só
a mim, e porque estão nus e são finos, levo a intenção ainda mais a sério.
Não.
A tua intenção nesse jogo subtil de
se pensar que é uma oferta, é afinal que
seja eu a abraçar, estendendo os meus
braços menos finos e menos femininos, mas teus, quando chego à distância de conseguir.
Com a melhor das simples resoluções, faço-o sem considerações filosóficas,muito menos mesquinhas.
Chego-me, um aproximar dos tímidos.
Abraçamo-nos, e não temos palavras encadeadas e suficientes para explicar aos outros com clareza o que aconteceu. Nem estamos interessados em divulgar.
Se um dia voltares a estender os teus braços finos e aveludados e se eu estiver a assistir à provocação, Deus nosso Senhor me agarre, atropelo-me, tonto, ponho-me a caminho de ti.
Tenho de ser o primeiro a chegar, e
com os meus braços, sei lá eu como dizer bonitos como eles são - de homem, com
pelos - dar-te-ei um abraço, rapariga, de suspender os ritmos do universo.
Nada que não aconteça milhões de vezes por dia, sempre que dois seres se unem em um, amando.
Acontece que eu abraço-te com uma sintonia do abraçar que eles não sabem e é por isso que quando tu estendes os braços, eu não preciso de me atrapalhar, porque os braços que tu esperas são os meus.

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