O dia luzente convidou-me a ser feliz.
Aceitei.
Não se recusa uma oferta honesta.
Estava um dia lampejante, franco,
Um sorriso prolongado de brilhos,
Efeitos do sol,
Dos que ficam por muito, muito tempo.
Na memória.
Era um dia lhano, confiável.
O dia áureo, na intensidade e na cor da luz
E também por ser valioso,
Desafiou-me.
Eu, que sou habitualmente preguiçoso por convicção,
Deixei-me levar.
Dar um passeio agradável e ainda ser feliz,
Uma proposta indeclinável, mesmo para um preguiçoso,
Descrente da possível impossibilidade de uma utopia.
Afinal não.
Acontece, aconteceu-me, naquele dia que bem recordo.
Veio desenganado como todos os dias começam,
com a continuação desequivocámo-nos de mãos dadas.
E por aí andamos, vadiando em ser felizes.
(A beleza que corta a respiração, é uma pintura do Senhor William Turner, cidadão que muito prezo)
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