Que nome dar a uma espécie de chapéu cónico, possivelmente em feltro, sangue de boi. Faz um efeito pouco comum mesmo que misturado anónimo, na multidão apressada num qualquer dia, numa qualquer rua central de uma cidade. Não só pelo que sobressai desse barrete hirto, que se vê uns bons centímetros acima do nível mais ou menos consistente das cabeças dos transeuntes, mas também por fazer um efeito incongruente, deslocado do sitio certo, sitio esse que se desconhece a morada. Em si, são dois chapéus, lado a lado e vão numa das direcções possíveis da rua, para baixo ou para cima, neste caso para baixo, rumo ao centro. Entram num edifício com uma fachada banal. No interior, pode ser tudo: escritórios, habitações, uma escola profissional, uma agremiação, um local de culto, sóbrio, sem pretensões de massas. Os dois homens que vestem os chapéus cónicos, estão de costas e dão a sensação de serem ainda jovens, pela forma como andam. Entram por uma porta não identificada. A porta preta, m...