1.Um homem muito poderoso, respondeu durante cinco horas perante
uma comissão de políticos hábeis, contundentes, com perguntas bem preparadas,
como uma criança inocente. O homem representou, nós já não podemos passar sem o
brinquedo que ele inventou, desculpamos-lhe tudo.
2. outro homem muito poderoso, disse que as balas iam a caminho.
Vão ou não, só se saberá quando for tarde para todos. Ele é muito perigoso porque
ganhou essa habilidade enquanto os outros homens distraídos, não dando por
isso, se entretinham a brincar com os seus brinquedos, alguns inventados pelo
primeiro homem poderoso e amigos seus.
3. numa aldeia ainda mais minúscula que a dos episódios
anteriores, onde há homens muito poderosos e outros muito alheados, crianças
são descuidadas anos a fio. Todos o sabem, nenhum de todos faz nada. Dizem-se
incapazes, uma palavra desanimada.
4. nessa aldeia tão ridiculamente mínima, os políticos democratas,
continuam como antes a distribuir bênçãos e sorrisos, e o povo, aperreado mas
muito estúpido, esperando que a bênção seja para si, genuflexa, antes de ir
apanhar a carreira para visitar os seus filhos sofrentes, nesse hospital de campanha. Pelo caminho, brincam com os
seus brinquedos móveis.
Todos somos o que vocês querem que somos, ensonados e dóceis.
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