Ver uma criança a chorar, totalmente frágil, desprotegida,
agarrada a uma grade de metal, fechada num aquário todo ele em metal, remete
toda e qualquer actualidade para coisa mínima, comezinha.
Ficam poucochinhas as
demagogias das políticas de saúde, as trapalhices gaguejantes na educação, a
vergonha alheia de mal se vislumbrarem ministros que se escondem nos belos
reposteiros damasco e outros, a ver se passam invisíveis das suas
pequeninas-enormes imcompatibilidadezinhas.
Até desapetece tirar selfies com o homem das selfies, quase tão ubíquo quanto o
divino. Os futebóis são pustulazinhas infeciosas.
Os fogos, oxalá sejam poucos e vá chovendo de vez em quando.
Perante o choro de uma criança o mundo fica redundante e feio, e
os monstros que nos governam ou são desleixados, ou usam botas com afiadas
biqueiras de metal. Batem agora o pé e tudo estremece.
Voltamos à era dos grandes medos e as televisões a darem
enfadonhas e intermináveis horas de antena a imbecis, arruaceiros, eles também
perigosos.
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