Era um homem que o fazia, quem mais poderia ser? Os animais não têm essa habilidade. Também não era um espírito, um fantasma, uma entidade subtil, como se lhes possa chamar, se é que os há havendo, destes seres, que não inventados, com alguma vida própria e individualizada. A existirem, comunicam mente com mente, em ligação directa, capacidade a que chamam telepatia. Mecânicas de ordem superior. Não precisam de rabiscar incongruências nas paredes, penetram nos âmagos sem avisar e dá-se a comunicação. Era pois, um homem, tinha que ser de ordem humana. Com isto levantam-se questões. Que tipo de homem faz isto? Por puro exibicionismo? E porque escreve assim? Se tem outros meios mais eficazes? Dita a verdade, nem se sabe se isso é uma escrita. Não raras vezes procuramos lógicas consoladoras onde não existe nada mais do que vazios, gatafunhos inexpressivos. É certo que há muitas línguas e idiomas, centenas, algumas já nem faladas. Há assim muitas formas de se dizerem amores e