Afastam o sol dos ombros, como a caspa, incomodados, presumidos, porque tudo é fácil, ao pegar da mão.
Outros rangem no frio da sombra gélida, chafurdam na existência, não se aquecem convenientemente.
São as ditaduras do acaso.
A escolha é sempre injusta para quem é triste, ainda mais se for pela tirania das casualidades.
Reclamar é um esbracejar inútil, não dá calor nas articulações.
O tempo que se leva a recuperar da casa de partida, as vezes é
nunca.
Os que apanham os adiantados, chegam cansados e ficam-se aí, esbofados,
mal tocam com a ponta dos dedos nas costas dos que vão à frente, estatelam as fuças no lajedo escorregadio.
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