Escrevo só para me convencer, que as palavras são a invenção fundamental do homem, mesmo com os silêncios e pausas que por vezes impõem.
Escrevo porque as palavras lavram feridas profundas que não saram e sangram muito.
Mas também porque são os pensos que estancam as hemorragias de medos desconhecidos.
As palavras podem agora estar arredondadas em significações primitivas - retrocesso a mundos cavernosos – tempos de agora, que logo mudam.
Fenómeno temporário. Não te assustes! Dá-me as tuas palavras. Gosto.
Escrevo porque as palavras são a fotossíntese dos homens, suplemento mulitavitamínico sem genéricos de baixo custo.
Escrevo porque não consigo deixar de deslumbrar-me a cada momento, pela beleza ofuscante da sensualidade da sua caligrafia , pousadas ao de leve,no lençol branco marfim onde repousam, vindas do longo caminho de um pensamento.
Escrevo para te dizer olá, e iniciar a épica aventura de comunicar contigo, dizer-te o que sou, absorver o que és, disfrutarmos nesta brincadeira inocente das palavras.
Escrevo porque sim e é bom. Não é?
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