Homens e mulheres salgam peixe e fabricam garum , condimento apreciado. Cá fora, na orilha da água verde e pacífica, um areal dourado e seguro, duas crianças brincam com conchas e seixos, inventando mundos e utopias. Porque são crianças e brincam, estão abstraídas. No final da praia, pescadores curtidos, enrugados por sóis intensos dos dias passados assim, estão sentados nos passadiços do cais palafítico, reparam as redes. Partem logo, ao cair da noite. Está lua cheia, augúrio de boa pescaria. Alguém os visse no mar e seriam pirilampos, no efeito do piscar das velas de parafina batidas pelas brisas, que iluminam esparsamente as embarcações, ajudando as manobras, ou é para se sentirem mais seguros. Luz é vida, Enquanto brincam, as crianças não sabem que do outro lado do mar feito do estuário de um rio, o sado, também há pequenas aldeias de pescadores e grandes produções de sal, a sementeira do mar. Na fábrica, que alimenta o império romano até aos seus confins e terra incógnita, a