Reparo num interruptor desapercebido, modelo antigo. É um objecto a que não resisto, especialmente se me obriga ao descontrolo da vontade, à curiosidade do que vai acontecer após o meu toque . Não sei o que fazer. Não tenho a certeza até pela estranheza da situação, se estou desperto, dono de mim, ou num sono profundo, Numa situação normal, que não é, exploraria as possibilidades do botão. Sendo uma situação pouco cómoda em que é bem possível estar a dormir - no enliço de morfeu - tudo se torna surreal e as conjugações de acções prováveis da minha opção, entram nas areias movediças de uma tomada de decisão. Arrisco. Não será grande a diferença se a cena está dentro ou fora da minha cabeça. Se estiver dentro, sou deus, se fora sujeito-me. Sinto-me com coragem. O indicador da mão direita obriga-se a esse impulso irrevogável e movo o pinolete para baixo. Olha! O mapa do céu! O silêncio da