A manhã está fresca, mas nada que se compare a outras manhãs no inverno. Está fresca mas já é outra coisa, apresenta-se com uma ligeireza de se querer acalorar. Sente-se no ar, e na disposição. Pressente-se a possibilidade de um dia menos macambúzio. Augusto finaliza os preparativos de aparelhar a sua famel , companheira de uma vida em banho-maria: os dois, em navegações à vista em modo tépido. Sem surpresas – que é um forma de dizer nenhumas - nem alteração do plano estabelecido, abre-se a cortina do quotidiano. O seu veículo e compadre, tem manias – não pega à primeira - e só reage por vontade própria, por muito que o Augusto o maldiga com o costumeiro chorrilho de asneiradas e ensaios de pontapé. É assim esta relação, intempestiva e amorosa, como todas as ralações que desgovernam o coração. Resolvidas as dialéticas homem-máquina que apesar das diferenças de espécie não deixam de ser arrufos sentimentais, lá arrancam, amuados para não variar. Sem pressa para ch