É em momentos inusitados, que se aprecia como um sopro suave e cálido de um final de dia de verão, o cair da noite que traz consigo num sossegar particular e seu, uma paz ao mundo, a intenção. Conciliamo-nos esboçando o movimento lento e simbólico de um abraço, e ficamos expectantes e noviços, pelo dia de amanhã, que virá pleno de todas as possibilidades e impossíveis. Para ser genuíno e credível, o que importa é haver total desconhecimento e nem sequer antecipação certa, de como vai ser o dia de amanhã. Sendo assim, ficam reunidas as condições para voltar a acontecer o deslumbramento inigualável e irrepetível, de que amanhã, afastadas todas nuvens negras, o mundo renasça puro e absoluto. Se for assim que aconteça, que seja tão belo que lacrimeje os olhos, de alegria e fé, uma fé primordial e ateia, de que vale a pena estar vivo, para assistir a esse nascer do dia novo, e com ele, a criação de todos os sonhos utópicos e poéticos.