O barco vai de saida,
ai que pagode,
Que vida boa é a de Lisboa…
E vai de novo a barcarola, navegando
ondas redondas, suaves, e musicais,
transportando-nos, embalados e num
suave prazer, na Arca da Esperança.
A noite pôs-se linda porque sabia que
ia haver festa.
Um longo tapete vermelho que a cidade
estendeu, a caminho do rio, para uma confraternização histórica: o Aniversário
do Jamaica e do Tokyo.
Por uma causa nobre e inclusiva, jovens
e outros um bocadinho menos - seremos todos jovens os que sorrimos
descaradamente - juntaram-se a brindar,
transportados por memórias do tempo - muitos e que bonito foi - agora juntos
com os seus filhos, numa cumplicidade de festa e alegria.
É verdade que a boa música é
intemporal, mas saboreia-se mais em comunhão, à roda de um grupo e foi o que
ontem aconteceu.
O aniversário do Jamaica e do Tokyo.
Os menos jovens, mas não menos
actuais, reviram rostos conhecidos com as roupagens do tempo presente que agora
veste as feições de cada um; os mais jovens, nessa explosão de energia e vida
abundante - vulcões em permanente ebulição, novos senhores contemporâneos
desses espaços - dançaram e riram e cavaquearam até à rouquidão, sinal de que a
festa foi farta e genuína.
E foi uma folia, uma alegria, uma
noite memorável.
Parabéns a nós, à vida, ao Fernando e
aos seus companheiros, marinheiros todos nessa viagem de uma barcarola que nos
leva anda a galgar as ondas do sonho, a mais doce das utopias.
O Barco vai de saída, mas ainda há
lugar para mais: os que inconformados e eternos “putos”, gostamos de dançar,
cúmplices dos ritmos alucinantes da amizade.
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