Em tardes calmosas,
Cativado pelo cântico repetitivo dos grilos,
Sonho,
Que sou um poeta andaluz
Sentado na muralha no cimo da colina,
A sonhar versos.
Colorindo-os com as cores intensas
Que fazem os finais de dia,
Quando o sol se põe na ténue linha do mar,
No outro lado da Ria Formosa.
Os pescadores de ostras no seu afazer curvado,
Não dão conta da minha presença,
Nem sabem que estou a navegar versos,
Ao Sul,
nas tardes calorosas desta felicidade,
de que são feitos os meus sonhos.
E deixo-me estar,
Imaginando epopeias utópicas e doces,
Esperando que a noite me venha embalar.
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