No jardim que frequento desapareceram – não as vejo há mais de dois dias – as mulheres que leem livros, absortas. Deixaram de estar sentadas, pelo menos nos últimos dois dias a lerem livros alheadas das pessoas, como eu, que estão no jardim só para comentarem factos inabituais, como este. Elas podiam distrair-se mais saudavelmente só em olhando, por exemplo, para os melros,os pardais, outros de nome não conhecido,ou até os cães domésticos a cumprirem os seus curtos passeios higiénicos. Mas insistem em ler! A dizer isto, e uma das duas que leem, acaba de chegar. Em espírito de missão, faço uma inquirição discreta. Pago, levanto-me sorrateiramente da mesa da esplanada inflacionada e má - mas é uma esplanada concessionada num jardim, não podia ser boa. Finjo que vou inspecionar um insecto que só eu vi no "National Geographic" - que existe, inventando-o eu - no relvado por trás dela. Aproximo-me pelas costas e ela sem dar conta, todo o corpo concentra