Liberdade de expressão ou libertinagem na expressão. A primeira é uma atitude. Pede inteligência, gosta do caleidoscópio das ideias, respira diálogo. A segunda alimenta-se da crença desviada de que “liberdade, Igualdade, Fraternidade” são direitos adquiridos e universais, livre-trânsito para a violação do sensível. Um vale-tudo garantido, e só com uma via: a dos direitos adquiridos e sem deveres, porque um homem “livre, igual e fraterno” não se verga perante ninguém, muito menos às amarras do dever. O libertino é um ser voraz no consumo de si próprio e do que o rodeia: é um eucalipto. O problema está em que o homem que é um ser embrulhado por muitas camadas, apesar das invenções magníficas que consegue realizar, evoluiu pouco nos convívios sociais desde o dia em que deixou a caverna e começou a construir cidades. É um egocêntrico c om laivos de compaixão. Poder pensar tudo não é fazer tudo. Este é o síndrome do filho único (nem todos): está tudo a meus pés e