O meu amor rasga-me o corpo, como uma faca de gume afiado, finíssimo, penetrante, violentando as minhas entranhas indefesas porque esperam por esse acto, dor insustentável, uma volta às avessas do meu corpo e da minha alma através da dor, no entanto é amor. Levo-me até aos limites do sacrifício. Só nos limites se operam os milagres. No outro lado nasce o prazer sem nódoa, virgem do pecado, imaculado. Ultrapassado esse ponto de não retorno, a grande janela do nosso coração escancara-se, ingénua de boas intenções, plena de esperança, convida-se a entrar uma luz nova, um ar puríssimo, a renovação, a paz. Somos invadidos pelo Espírito Santíssimo, alimento de todos os alimentos, panaceia mística do amor. o Amor a Deus, o maior amor, o mais sofrido, o mais despojado, só esse amor é o amor. É por isso que luto e sofro e doo-me e vou aos impossíveis para ganhar o mais glorioso dos amores, para o qual não há condições, só dádiva. Dar incondicionalmente, sem expectativa. Sem r...