Afinal ama um homem, a mulher que lê livros sentada no jardim. Está como se sabe imersa na leitura e por uma razão qualquer de uma espécie de radar seu, deu conta da aproximação - para outra não poderia ser - não espera ninguém, não o espera e por isso surpreende-se . Receptáculos um do outro, recebem-se abraçando-se de uma forma profunda, demorada, os corpos a usufruírem de estarem assim, pegados, unos. No tempo do abraço, ela manteve o livro com a página marcada. Eram portanto três: dois amantes e um livro. Por este exemplo se vê o valor imaterial de um livro, que ela não abandonou no momento em que abraçou o homem que afinal ama. Fica na sua atitude, a gerar créditos, não foi um mecanismo involuntário, foi uma ordem lúcida daquele, do seu, cérebro, que tem consideração pelos livros. Sobre a forma e o estilo como eles se encontraram no jardim pode-se dizer que foi num prolongado abraço, de olhos fechados. O que pode não querer dizer nada, mas geralmente qu