“Mãe, fomos à terra do Pai Natal, voltamos para a Consoada”. Estamos na época do ano em que as pessoas pedem suplemento de mimos, as crianças muitos brinquedos inúteis, alguns velhos carinhos, os sem-abrigo não pedem nada. E está instituído assim, que todos devemos estar mais sensíveis e disponíveis neste período. Se um idoso nos mendigar atenções em Maio, que é um mês sem ocorrências histriónicas assinaladas no calendário, fazemos de conta que não é connosco, voltaremos a ele em Dezembro, se ainda for vivo e puder falar. Nesta altura em que se comemora o reencontro, a partilha, a reunião da grande família humana cristã, em que até o a-sentimental mais empedernido olha de relance para o pobre, se apieda tenuemente e lhe atira uma moeda de cêntimos, os homens de boa vontade – escassos - não têm mãos para despachar tanta solidariedade concentrada em meia dúzia de dias. Só com ajuda, e divina. Que se saiba, só Deus Nosso Senhor e o Pai Natal conseguem prover a todos e