Eram duas perinhas em maturação, a seguirem canonicamente o ciclo de crescimento para a perfeição. Não, dois montes. Exemplares. Não era inevitável olhar, era cola, não despegavam daquele regozinho, no vale acentuado, que quasi escondia mostrava esses dois montezinhos tão sensuais, uma escalada suave ao paraíso e ainda não se sabia o peso dessa palavra – sensual – na afinação das mecânicas do mundo. Mais tarde. “Minha só minha”, todos repetiam, reclamando para si o que nessa idade ou outra, jamais se pode vir a reclamar como seu: um usufruto que pratica o funambulismo no fio da navalha, às vezes com muito custo, a preço de incontáveis concessões. Mas apetecia dizer, saía, sem se saber porquê, uma coisa atávica, um despertar das células, muitas em uníssono, uma pulsão forte fora da possibilidade de qualquer controlo da razão, nem mesmo para os que iam cursar gestão. Dizia-se cursar naquela altura. Mais do que um brinquedo - todos os brinquedos - dão-se todos sem remorso,