A Maria é encantadora. Sessenta e sete anos bem medidos, não em tamanho , mas na energia inesgotável. Não via a minha Maria há muito tempo. Ai o meu menino, fez-se homem. E abriu a porta da boca, agora só com dois dentes como porteiros. Sendo feia, tão feia, como consegue o sorriso mais espontâneo deste universo? Tão bonita a minha Maria! A explicação encontra-se na metafísica! Como vai a vida D. Maria? Vamos menino, vamos costurando as voltas a ver se nos deixa de rabear. E vai-se vivendo não é? tem que ser D. Maria. E quanto tem de reforma? É um dois mais um cinco , um sete e seis e oito também. Chega-lhe? É poucachinha menino. E quando paga de renda de casa? Aí menino, esses números são todos repetidos, até me engano. Deixe ver: é um nove e outro e mais um e acaba num três. Esgotou-se-me o à vontade com as perguntas. A pior das vergonhas é quando a temos pelos outros, dobra. Facilitei-me demasiado, na â