Troveja a esplendidez da tarde, segundo acto do dia. A Dona Elvira é boa pessoa, tem uma filha obesa e um gato. Dada a sua condição avantajada, Elvirinha a filha que repete o nome da mãe, pouco sai de casa, debruça-se da janela da marquise e a cabeça de fora conta como ter saído de casa. É pouco mais velha mas parece da idade das criadas, velha portanto, mas muito menos interessante sexualmente do que as primeiras, viçosas, roliças, rijas. Tudo indica que a sua vida se encaminha para vir a exercer a profissão de leitora compulsiva, um sacerdócio Infrequente. Este género doentio de leitores, de lerem muito, ou são obesos, ou magríssimos, ou fleumáticos. Também há de todos os outros, pelo que há de tudo. As relações entre moradores e estudantes não são as melhores. Existe distanciamento, quase omissão. Anda no ar, como se diz. Os dois grupos delimitam territórios com pouca mistura. Há uma solidariedade tácita no grupo dos residentes apesar de fora das horas destas con