Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

DA INUTILIDADE DOS MUROS

A parede de um muro tem dois lados, não há volta a dar. Não há muros de uma só face, todos têm o lado de dentro e o de fora. Fazem falta as paredes? Sim, para proteger das intempéries. As paredes são fortes para não serem derrubadas, são altas para que não se possam saltar. Fortes e altas é bom se protegerem das intempéries. Não sendo nestas situações, não se vê nenhum interesse na construção de muros com outros propósitos. São inúteis e como tal aberrações. Paredes no meio de nada ou a cortar caminhos, impedindo o acesso a um dos lados, ou aos dois, são ideias redundantes. Podem permanecer de pé interminavelmente, à custa de um poder qualquer exterior, mas continuam redundantes e é bom que saibam que se sabe disso. Podem-se rodear rios, montes, vales, ilhas, praticamente tudo, com muros de grandes paredes, pintadas ou não. Pode-se mesmo confinar o mundo a viver emparedado. Mas o pensamento não, e mesmo que se conseguisse, bastaria escapar um para tornar os

A TERRA DOS MANUEIS E AS UNIVERSIDADES DE VERÃO, UMA NOVELA APAIXONADA

Episódio 1 “Caro Manuel é um gosto recebê-lo. Em nome de todos dou-lhe as boas-vindas, esta é a sua casa.” “Caro Manuel o prazer é meu.” “O bom senso trouxe-o para junto de nós, verá que a nossa verdade, que é inabalável, é a que melhor lhe convém.” “Sem dúvida Manuel anseio conhecer-vos melhor, estar ao nível das vossas expectativas, contribuir com o meu empenho para o nosso sucesso.” “Em nome dos nossos correligionários agradeço Manuel, isto é uma irmandade e estamos aqui para as vitórias e as derrotas, que praticamente não as temos.” “É uma lisonja pertencer a este colectivo, que nos orgulha a todos.” “Na sessão desta noite faremos a sua apresentação, nada de muito formal.” “Entretanto pode passar pela secretaria, o Manuel secretário completa a sua inscrição. O seu contributo, Manuel, é fundamental. Só sobrevivemos das quotizações de alguns beneméritos de grande generosidade e dos votos nas urnas.” “Darei o meu melhor, sinto-me honrado por pertencer ao
Os meus "Panama papers" não fogem, tenho-os presos a uma  pedra.

ESCREVER

É um encadeado de acontecimentos involuntários, não há controlo, a continuação e o rumo da história não está na nossa mão, somos só executantes – mais ou menos artísticos – de um guião escrito pelos pensamentos que brotam de nós com vida própria, independentes dos nossos desejos, dos estados de espírito ou se as condições atmosféricas estão propicias naquele dia, naquele momento, ao acto de escrever.
HOJE NASCEU ASSIM, A  PINGAR UM RASTO DE LUMINOSIDADES FORTES
o Sol hoje nasceu assim, de parto natural e sem complicações
Estou a pôr a minha memória na nuvem...