A preguiça é um bálsamo ou um impedimento. Normalmente os preguiçosos dão-se bem sozinhos. Quando se juntam e dependendo do tamanho em número do agrupamento, podem causar grandes estragos. Há, imagine-se, países só de preguiçosos, continentes mais afeitos à preguiça do que outros. Não se podem enumerar para não causar incidentes diplomáticos, até porque há alguns que o sendo, não dão ao conhecimento, o que deixa os seus vizinhos na dúvida, e deixam passar. Esses países - como os preguiçosos em nome individual - aceitam bem as esmolas, precisam delas, e os dadores têm-nos assim na mão, o que explica a lei universal do equilíbrio de todas as coisas existentes: um dá, outro recebe, e reina a harmonia. Ela é um bálsamo porque desresponsabiliza o seu utilizador: não poderá ser achacado de nada, nenhuma acção, boa ou má, conseguida, não conseguida, já que se encontra em inação propositada desde pequeno ou desde que decidiu ser assim. Este tipo de preguiçosos – os ba