II Foi assim que o Tertuliano , Fez o baptismo de uma carreira trágico-marítima, a sua história pessoal, numa pequena embarcação colorida no entanto tímida, com o nome “ meu coração” pintado na proa, escrito por mãos analfabetas, que copiaram tremidamente a grafia escrita numa folha de papel, por alguém com uma grafia pouco convincente, tremida igualmente. Os barcos são um nome feminino que se diz no masculino impropriamente. Correctamente ditos deviam dizer-se barcas. E estas, nem todas, mas quase todas, são femininas: não são os barcos da guerra, porque são masculinos, cinzentos, feios, transportam a morte por passageira e como tal não têm nenhuma propriedade feminina. O “meu coração ” é uma barca angulosa, esguia, e dadas as circunstâncias, dentro da sua humildade de barco de pobre, comedidamente sensual. Os marinheiros que a embarcam não têm pensamentos desta dimensão, mas haverá com certeza alguém, mais fleumático, com pachorra para abstrações, senta