Fome. Não é de pão, se bem esquecidos de uma refeição decente. Perdeu-se o apetite pela comida porque ela anda arredia. Faz-se um esforço de Hércules no auto controlo para manter a biologia no seu lugar: obrigatoriedade de viver porque não há outras oportunidades mais interessantes. Não é a fome que revolve os interiores, é a escassez de outros petiscos a cujo preço não se chega. Esses acepipes são palavras, que têm cores fortes, sons agudos, ingredientes de conceitos complexos e muito sérios. Revisite-se o cardápio: Estima. Haverá fatiota mais galante que esta? Calcorrear a calçada trajados de limpo? Lustrosos? Sorrir à cara cheia e estar sempre a tirar o chapéu em mímicas de pantomina aos transeuntes que passam incrédulos pela calçada? Deixar rasto, a espuma dos dias que passam. É isso, vincar o caminho. Útil. Todos os parceiros sem deixar de fora quem está sentado nas margens dos passeios. Dar a mão, receber outra, usar o seu impulso para o acontecimento