Amante com um grande potencial por realizar e
não se percebe porque ainda não teve sucesso.
não se percebe porque ainda não teve sucesso.
O amor é o tema mais empolgante dos ritmos do coração, os outros
são obrigações de músculo.
O amor é uma ponte suspensa – um cabo de aço tenso – entre a
suposição e a realidade.
Permite dois caminhos bi-unívocos.
Não há bons nem maus funambulistas, ou os candidatos se
equilibram e não mergulham de cabeça no grande vazio, ou o mergulho é o
desfecho esperado, sem que se saiba, para não desmoralizar os equilibristas
quando dão o primeiro passo.
É no pingue-pongue dialético do amor-desamor que nos
atrapalhamos a todos os momentos. É o mais complexo dos desafios e não é controlado
pela cabeça - dito a frio para que fique dito.
Continuando: é nos ângulos das ruas que se chamam esquinas de
amor-desamor (que pode ser júbilo-abandono) que tiramos as medidas à vida,
fazemos bainhas, às vezes ficam curtas.
Pode-se optar por ver televisão.
Nas influências do amor pairamos nas nuvens ou sentimo-nos
miseráveis,
Indiferença é uma palavra que não encaixa: um truque dos débeis
para se acariciarem a si mesmos.
É sobre este tema enciclopédico que estamos continuamente a ir a
exame, uns com nervos outros desleixados.
Disciplina que se estuda a vida toda.
Não há outro assunto mais sério, nem piada mais bem conseguida.
Exige mais conhecimentos do que o futebol.
Amor, dóis tanto!
Amor, gosto tanto!
Amor, urticárias-me
tanto!
Estava mesmo a esperar "o amor" a ser revelado aqui, com suas consoantes e vogais. Belo texto, como sempre.
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